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As Cidades Marítimas estão no Mar Interno "o Ocidente" e são elas que detêm o poder e a influência, pois dominam e operam as diversas Rotas Comerciais Marítimas.
As duas mais importantes são:

Sobrecéu, a Cidade Celeste
Tássia, a Cidade de Aço

Os dois eixos principais da geopolítica do Mar Interno são:

1 - A rivalidade entre Sobrecéu e Tássia pela hegemonia militar e econômica:
Tássia quer recuperar a concessão da Rota da Seda que foi perdida na guerra vinte anos antes.

2 - O conflito colonizador x colonizado que ocorre em Astan por conta do domínio celestino:
Há um novo líder no Oriente e ele está disposto a expulsar os colonizadores ocidentais.

As Cidades Marítimas:

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Localizada na costa oeste da península de Thalia.
A mais rica e influente das Cidades Marítimas.
O pilar da hegemonia celestina é o domínio das principais Rotas de Comércio, em especial a Rota da Seda que liga Astan a Sobrecéu.
A Frota Celeste é a armada mais poderosa do Mar Interno.

Rafela A Cidade Branca.png

Localizada na costa norte do Mar Interno.

Tássia tem tradição militar e foi sede do exército republicano na época da antiga República de Thalia.

A cidade opera apenas a Rota da Areia, que liga Tássia a Tahir.

A única das grandes cidades marítimas localizada na costa sul do Mar Interno.
Uma cidade grande e desorganizada, vítima de governantes corruptos e incapazes.
É aliada histórica de Sobrecéu.

Localizada na costa leste da península de Thalia.

É a única das Cidades Marítimas que não opera rotas comerciais ou é governada por uma junta comercial.

Navona é a sede da Fé da religião do Jardim, abrigando as diversas congregações.

Uma pequena cidade na costa norte do Mar Interno.

Tem menor relevância comercial e nenhuma importância no campo militar.

As ruas da Cidade Branca são limpas e seguras; Rafela é uma cidade livre da Nuvem.

Localizada na costa norte do Mar Interno.
A cidade era a capital da antiga República de Thalia.
Atualmente, tem pouca relevância nos planos comercial e militar.
Abriga o chamado "dinheiro antigo" que faz referência às famílias descendentes de membros importantes da antiga República, tal como senadores, magistrados e ministros de Estado.
O "dinheiro antigo" é garantia de atitude, mas não necessariamente de dinheiro.

Rotas Mercantis:

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Vinte anos antes dos eventos narrados em Maré de Mentiras, Sobrecéu e Tássia travaram uma guerra pelo domínio das rotas comerciais.
A Cidade Celeste saiu vitoriosa e consolidou a sua hegemonia, o que fica claro pelo domínio de três das quatro principais vias mercantis.

Protagonistas:

ANABELA:

O arco da Anabela é sobre amadurecimento.
Como não poderia deixar de ser pelo local onde foi criada, Anabela vive imersa em sonhos e fantasias.
Com a morte do pai e a gravidade da situação que se instala em Sobrecéu, Anabela é lançada, sem preâmbulos, no que a vida adulta tem de pior: mentiras, dissimulações e falsos amigos.
Em meio a perdas insuportáveis, Anabela precisa encontrar força e coragem cada vez maiores para fazer frente a desafios que beiram o impossível.
Na trajetória, ela aos poucos toma consciência da própria força e das imensas responsabilidades que vêm junto com o papel de líder que ela se tornou.
A conclusão para ela é se conectar com a sua extraordinária força interior para transformar o mundo em que vive num lugar melhor.

THEO:

O arco do Theo é sobre pertencimento.

Theo viveu uma infância difícil, primeiro com os Servos Devotos e depois pelas ruas.

Seu instinto de sobrevivência o condicionou a pensar que ele não pode contar com ninguém. Daí o mantra:

Nessa vida é cada um por si.

Theo pensa ser incapaz se ligar afetivamente aos outros, mas ele ignora que já está ligado a pequena Raíssa.

A partir do sequestro da menina a longa trajetória de acontecimentos na vida de Theo o empurram para o aprendizado, por vezes doloroso demais, que é entender que a vida só faz sentido se vivemos em rede, conectados uns aos outros em uma teia amorosa.

A conclusão para ele é pertencer para ser completo.

ASIL:

O arco do Asil é sobre redenção.
Asil é prisioneiro de um passado que sufoca o presente.
Para ele tudo se resume ao mal que ele causou, a violência que foi seu meio de vida e as vidas que ele ceifou.
Ao decidir tomar parte de algo de bom ele começa a trilhar o caminho da redenção, perdoando o que puder ser perdoado e aceitando o que não puder. Porque o que está no passado não nos exime da responsabilidade que temos com o presente — e o futuro.
A conclusão para ele é entender que o passado não o define e que o machado que era a sua vergonha também pode ser empunhado para defender aqueles que ele aprendeu a amar.

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