Roberto Campos Pellanda
Literatura fantástica
Anabela Terrasini vive em Sobrecéu, a mais poderosa das cidades marítimas. A vida previsível que ela leva chega ao fim com a notícia: o pai, o duque de Sobrecéu, está morto. No vazio de poder, em meio a conspirações que transformam velhos aliados em inimigos, Anabela compreende que o perigo que ela — e Sobrecéu — correm é muito real.
Theo, o garoto sem sobrenome, vive sob o mantra:
Nunca se envolver e nunca tomar partido.
Mas quando a pequena Raíssa, uma menina muda que é a sua companheira de golpes nas ruas de Valporto, é sequestrada, Theo decide tomar para si a missão de resgatar a menina. Na jornada, talvez ele encontre mais do que imagina e descubra que é hora de enterrar o passado — e o seu mantra — de uma vez por todas.
Em Tássia, o comandante reformado Asil Arcan vive assombrado pelo conflito perdido vinte anos antes. Para Asil, a conta dos mortos é sua — e apenas sua. Em meio à miséria de uma existência sem sentido, ele passa a ser atormentado por estranhas visões: em um salão em chamas, uma menina pede por socorro. E se o chamado for verdadeiro? E se, junto com ele, houver, também, a chance de um recomeço?
Maré de Mentiras acompanha a jornada de Anabela, Theo e Asil, em um mundo carregado de injustiças e marcado pelo ódio de velhas feridas. A longa travessia dos três é sobre sacrifício, perdas e amadurecimento. Também é sobre a importância de se escolher um lado e se unir à luta junto daqueles que amamos.
Astan, a Cidade Sagrada, é uma intrincada interface entre Ocidente e Oriente. Administrada por colonizadores ocidentais que não compartilham nem religião, tampouco o idioma com os habitantes locais, a cidade é um caldeirão de interesses divergentes.
Priti Kandel é investigadora de homicídios da polícia de Astan.
Diante de si, ela tem um caso de alta repercussão: um poderoso homem de negócios foi assassinado e cabe a ela solucionar o crime.
Em Astan, porém, nada é simples.
Terceiro Saber mistura fantasia urbana com romance policial, em uma trama complexa que se desenrola em ritmo desesperado. É sobre tolerância, amor e tempo perdido. Também é sobre como o sacrifício das pessoas comuns pode ser a última esperança em um mundo prestes a ruir.
Sobre a ilhota se erguem apenas a casa e o farol.
Todo o resto é vastidão. O mar sem fim que veste o mundo.
Samir é um prático, alguém que guia os navios em segurança até o porto. A sua vigília — e a sua vida — se passam na ilhota. Ambos, homem e rocha, prestam contas apenas para céu e mar.
Após quarenta anos no mar, a tormenta que Samir agora enfrenta é de um tipo diferente. A intempérie que se aproxima é interna, insidiosa, mas, ainda assim, devastadora: Samir está se esquecendo das coisas.
Enquanto assiste ao ocaso da própria mente, Samir é confrontado pela realidade de um mundo que está mudando e se tornando cada vez mais perigoso. Será possível continuar navegando em meio às ameaças que não param de se multiplicar?
O mar que veste o mundo é sobre o diálogo intraduzível que ocorre entre velejador, céu e mar, e como essa linguagem pode nos socorrer nos momentos mais difíceis. Também é sobre amizade e a definição do que é um porto seguro.